Os cometas, visitantes espaciais

Os Cometas

O imaginário popular sempre associou os cometas com mensageiros divinos, a aparição de um cometa sempre invocou misticismo, medo e crenças na humanidade. Inicialmente temos que cometas são misturas de rochas, gases, notadamente monóxido e dióxido de carbono, metano, amônia e poeira congelados. Já foram descobertos e catalogados cerca de 4000 cometas e a contagem deles não para. Os cometas nem sempre são visíveis; há mais de quatro mil anos, em 2316 na China foi registrada pela primeira vez um avistamento.

São astros de beleza inconfundível, pois sua característica principal é a sua enorme cauda. A origem do nome e sua etimologia vem do latim e significa “estrela de cabelo comprido”. A cauda é que a matéria que o compõe sendo impelida pelos ventos solares. A cauda não é um rastro, pode parecer isso quando o cometa vai em direção ao Sol, mas está sempre em oposição ao astro-rei.

Reminiscências do sistema solar essas bolas de gelo sujo possuem parte da história do Universo, têm por volta 4,5 bilhões de anos. Não podemos confundi-los com asteróides, já que rochas minerais são a sua composição básica. Asteróides também não possuem a cauda, são mesmo pedras espaciais disformes.

O cometa mais popular

O mais famoso destes corpos errantes é o Halley, seu curto período orbital dura entre 75 e 76 anos. Há cometas não-periódicos e mais recentemente astrônomos descobriram corpos interestelares (que vem de fora do nosso sistema) como o asteróide Omuamua e o cometa 21 Borisov.  A periodicidade do Halley dá o tom de sua fama, curto o suficiente para aparecer duas vezes para a mesma geração humana.  A aparição anterior do Halley em 1986, diferente da de 1910, foi frustrante para dizer o mínimo. Com retorno previsto para 2061 espera-se uma visão menos discreta que a última.

A origem dos Cometas

Atualmente a teoria que é mais aceita aponta a Nuvem de Oort como o berçário onde os cometas nascem. Nesse sentido o resto do material que compunha inicialmente o sistema solar logo após sua formação há 4,5 bilhões de anos é o que compõe esta Nuvem.

A Nuvem de Oort é como um grande depósito de lixo cósmico nos arrabaldes do sistema solar. A crença dos cientistas é que sua criação foi mais próxima ao sol, contudo as interações gravitacionais expeliram os detritos da formação inicial para a periferia. Assim sendo, hoje quantidade de material acumulado na Nuvem é estimada entre 50 e 100 vezes a massa da Terra, o que resulta em uma densidade pequena, haja vista o espaço ocupado.

Curiosidades sobre os cometas

A Agência Espacial Europeia (ESA) conseguiu em 12 de novembro de 2014 um feito inédito, pela primeira vez uma nave pousou em um cometa. O Philae tocou o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko quando este estava a aproximadamente 500 milhões de quilômetros da Terra.

O mais famoso dos cometas teve vários registros de passagem ao longo da história da humanidade. Desse modo diversas foram as civilizações que acusaram a passagem do cometa Halley desde 240 a.C. os babilônios, chineses e  crônicas europeias da idade média, contudo não o reconheciam. Edmund Halley, astrônomo inglês, em 1705 determinou a periodicidade do famoso cometa e  seu nome batiza sua descoberta.

Na aparição do Halley em 1986 cientistas observaram este em detalhes e confirmaram as hipóteses sobre a composição e estrutura.

Havia uma crença aristotélica que durou até ao período renascentista de que cometas eram distúrbios na atmosfera terrestre, foi o astrônomo dinamarquês Tycho Brahe, em 1577, que corrigiu o erro ao mostrar que estes passavam além da Lua. O senso comum da época apontava para a trajetória dos cometas como sendo uma linha reta através do Sistema Solar.

Os cometas ainda são suspeitos, segundo alguns teóricos de serem responsáveis por eventos de extinção em massa na Terra. Há hipóteses de que perturbações, causadas pelo suposto planeta X ou por uma estrela anã marrom, na nuvem de Oort possam lançar chuvas de cometas catastróficas periodicamente na Terra.

 

Por Mark Francis

 

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