Os conquistadores Vikings
Primeiramente em relação à origem do povo Viking, também conhecidos como nórdicos, temos que foram um povo escandinavo que viveu durante entre os séculos VIII e XI. Desde já eles são amplamente lembrados por suas habilidades de navegação, incursões ousadas e cultura distinta. Primordialmente o termo viking refere-se aos povos escandinavos medievais.
Os nórdicos não usavam o termo viking para referirem a si mesmo, ingleses e franceses os tratavam por dinamarqueses, estes também os chamavam nórdicos e na Europa Oriental tratavam-nos por “rus” ou varegues. Sobretudo originários de regiões como Noruega, Suécia e Dinamarca, compunham, ao contrário do que se imagina à primeira vista, uma sociedade de camponeses.
A expansão do povo viking
Sua geografia lhes impelia as atividades marítimas que usadas tanto para pesca e deslocamentos como para explorações. As condições rigorosas, a escassez de recursos e o ambiente inóspito onde florescia a sua sociedade forçava a competitividade tornando os vikings navegadores experientes. Assim os vikings exploravam territórios distantes e se estabeleciam em assentamentos em várias partes da Europa.
Entre os séculos VIII e XI, os Vikings empreenderam expedições que os levaram a conquistar territórios distantes. Eles atacaram mosteiros e cidades costeiras, espalhando temor por onde passavam. Suas incursões frequentemente envolviam saques, mas também incluíam comércio e interações culturais. A habilidade dos vikings de navegar em mares turbulentos e penetrar em áreas aparentemente inacessíveis foi uma das chaves para o sucesso de suas expedições.
A expansão viking se estendeu para as Ilhas Faroé, Irlanda, Escócia, Islândia, Groenlândia e até ao Canadá. Neste último um assentamento estabelecido não prosperou devido à hostilidade dos nativos. Mais para o Leste da Europa houve incursões nas costas do mar Báltico entre os séculos VI e VII. Posteriormente no século VIII fizeram incursões fluviais em território russo. No século IX fundaram Kiev e por fim no ano de 907 atacaram e cercaram Constantinopla. Aceitos os termos dos invasores o império de Bizâncio cedeu às exigências vikings e a capital bizantina foi poupada.
Em 865, o historicamente famoso “Grande Exército Pagão” ocupou a Inglaterra. O rei viking Canuto, O grande reinava sobre toda Escandinávia e Inglaterra. Em 871, drakares navegaram rio acima pelo Sena até chegarem a Paris. Após sitiarem por dois anos receberam resgate para poupar a cidade. Nos dois séculos seguintes a Europa viveu aterrorizada pelos assaltos e pilhagens vikings. Correntes atravessadas no rio e fortificações de vigia impediram novos ataques surpresa a Paris.
A mitologia e legado da cultura nórdica
Embora as atividades vikings tenham diminuído, seu legado continuou a influenciar as culturas e as sociedades escandinavas por muitos séculos. A língua e a cultura escandinavas moldaram as regiões que os vikings colonizaram, e muitas palavras e costumes vikings ainda são preservados nas línguas e tradições modernas. Além disso, a influência viking pode ser vista em obras literárias, como as sagas islandesas.
A mitologia nórdica desempenhou um papel importante na vida do povo Viking. Eles acreditavam em um panteão de deuses e deusas que governavam diferentes aspectos do mundo, como Thor, o deus do trovão, e Ódin, o deus principal associado à sabedoria e à guerra. Suas crenças também incluíam a ideia do Valhalla, um salão celestial onde os guerreiros mortos em batalha se encontravam e celebravam suas batalhas. Ao morrer na guerra as deusas Valquírias recolhiam à cavalo seus corpos nos campos de batalha levando-os ao paraíso.
O povo Viking nas Américas e no Brasil
Uma Lenda aponta evidências da presença viking em nosso país, a lenda de Vinland, uma região na América que os Vikings teriam explorado. De acordo com a descrição a região possuía características que se assemelhavam às descrições do Brasil, como a presença de uvas e clima ameno. Em 2016, arqueólogos encontraram elementos que podem apoiar a teoria da presença viking no Brasil. No estado catarinense a descoberta de moedas e artefatos de origem nórdica, como fivelas de cinto e broches reforça essa hipótese, todavia sua autenticidade é questionável.
A pedra de Kensington encontrada em 1898 é uma placa de pedra descoberta nos Estados Unidos com inscrições em runas nórdicas. A inscrição sugere que um grupo de exploradores nórdicos teria chegado ao centro da América do Norte em 1362. Desse modo teriam os Vikings sido os primeiros europeus a ter contato com os povos pré-colombianos. Alguns pesquisadores especulam a possibilidade de a partir dessa localização os exploradores nórdicos terem viajado para o sul e alcançado o Brasil.
Vikings abaixo ao sul do Equador
Embora as evidências da presença viking no Brasil sejam amplamente debatidas e ainda não tenham comprovação definitivamente , as teorias e descobertas ainda capturam a imaginação de muitos. Contudo a origem do povo Viking e sua habilidade como navegadores exímios permite tal especulação: vikings navegando pelas águas do Atlântico e deixando sua marca nas costas brasileiras adiciona um elemento fascinante à história da exploração. Assim à medida que a pesquisa arqueológica e histórica avança, podemos eventualmente obter com mais clareza informações dos rastros desse povo de cultura fascinante e confirmar sua presença em terras tupiniquins.
Por Mark Francis