O monstro do lago Ness lenda ou verdade?

Primordialmente temos no Lago Ness, ou Loch Ness, o segundo maior lago da Escócia, localizado a sudoeste de Inverness  é o maior lago em volume de água do país. Nascido fruto do depósito de vários rios e pequenas fontes das Terras-Altas na falha geológica Glen. Lá repousa o mistério que teima em se esconder ao longo de seus 37 Km  de extensão e 56 Km² de área.  Os segredos guardados têm ao seu favor uma profundidade máxima de 230 m e uma água escura quase inexplorável aos olhos e às câmaras além de 9 m. Há mais fatores que favorecem o cenário perfeito para a lenda, o lago por ser numa falha geológica tem uma largura de uma milha, e entre duas reservas ambientais é uma verdadeira arquibancada natural.

A origem da lenda do monstro do Lago Ness

Antes de mais nada o mito da região é mundialmente famoso, e tem título “O monstro do Lago Ness” e apelido Nessie.

A gênese está nos testemunhos de moradores locais narrados na obra literária “A vida de São Columba”, missionário irlandês do século VI. Este religioso salvara das garras do monstro um morador local no ano de 565.  A seguir no século XIX quando em 1880 Duncan MacDonald, mergulhador profissional a serviço de uma empresa de seguros fez um serviço no lago. Em um mergulho para localizar um navio de carga o mergulhador avistou, próxima aos destroços uma criatura enorme. Em pânico Duncan MacDonald pediu para ser trazido à tona, ao relatar o que vira à tripulação de apoio ele se recusou a prosseguir o serviço e nunca mais mergulhou no Lago Ness.

O monstro do Lago Ness – primeiros registros

Agora, já no século passado, em 1933 a lenda tomou a forma contemporânea, o jornal local Inverness Courier publicou em 2 de maio o relato de um casal donos de um hotel que viram um monstro entrar a sair do lago. A notícia logo espalhou e no ano seguinte o primeiro registro fotográfico foi feito e atestava a existência do monstro do Lago Ness! Um homem de credibilidade, o médico cirurgião Robert Kennedy Wilson fez a famosa fotografia que dá corpo à imaginação. A imagem contudo é uma farsa confessada por Marmaduke Wetherell repórter free lancer do tablóide Daily Mail. Wetherell usou o nome do Dr Wilson, que havia imigrado para a Austrália, este em carta ao jornal dissera que a fotografia era uma montagem.

Em seguida, já em 2007 um homem chamado Gordon Holmes filmou o suposto monstro, estimado em 13 metros de comprimento, a mover-se nas águas calmas do lago. As imagens são capazes de abalar as convicções de qualquer descrente. Sob o escrutínio de biólogos e outros especialistas muitos consideram tratar-se de um vídeo autêntico e de uma espécie não identificada.

As teorias acerca do monstro do Lago Ness

Seja como for, verdade ou ficção há possibilidade de que o monstro seja uma criatura real. Nesse sentido surgem alguns suspeitos de encarnar a figura mítica, esturjões são peixes longos que passam facilmente dos 5 metros de comprimento., folclores e lendas populares também alimentam o mito. Caso sejamos surpreendidos por um fóssil vivo o maior candidato passa a ser o plesiossauro. O candidato é um réptil marinho de pescoço comprido, cujas características de tamanho e aparência se encaixam na descrição. O problema é que a espécie está extinta há mais de 60 milhões de anos, além do mais seria necessária uma adaptação às águas frias do Lago Ness.

Buscando respostas para o Lago Ness

O geneticista Neil Gemmel e sua equipe estão empenhados em encontrar a solução do mistério, e prometem usar a ciência no estado-da-arte para tal. A técnica de DNA ambiental pode ser a chave para converter em fato a lenda ou selar de vez sua posição na cultura humana. A técnica consiste na busca por traços de material genético no ambiente e seu respectivo sequenciamento para determinar a espécie. Não há amostra de DNA disponível   entretanto, por estimativa é possível endossar a lenda, talvez não refutá-la, caso não encontrem nenhum elemento conclusivo.

Em suma um animal extinto ou uma espécie desconhecida a ciência um dia dirá, mas ainda a lenda segue mais viva do que nunca.

 

Por Mark Francis

 

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