A Viagem no tempo, um sonho ou realidade?

A Viagem no tempo – o sonho e suas impossibilidades

De antemão sabemos que não pode,  daí o incômodo, a pergunta que não quer calar – por que não? A proibição física da viagem no tempo, para o passado ou futuro parece ser o combustível que incendeia nossa imaginação. Ir ao passado conviver com dinossauros ou decifrar o enigma da construção das pirâmides do Egito.

A Viagem no tempo esbarra em impossibilidades da moderna ciência que ela própria começa a relativizar, afinal estamos em constante viagem para o futuro. Em outras palavras, se podemos nos deslocar no espaço em suas três dimensões por que não também em sua quarta dimensão? Atualmente a teoria da relatividade trata o espaço e o tempo como um elemento binário: o contínuo espaço-tempo.

Em suma, deve haver um jeito de escapar do determinismo supostamente imutável. Atualmente a cultura e a ciência perscrutam os limites dessa impossibilidade temporal e nos convida a explorar as infinitas possibilidades e paradoxos que viagens no tempo…

Viajantes temporais

Nos anos de 2000 e 2001 surgiu em fóruns da web um personagem intrigante: John Titor, oriundo do futuro. Sob um user name TimeTravel_0  “alguém” se identificou como viajante temporal e que havia voltado com uma missão específica. A tarefa de Titor era obter um computador IBM 5100 no ano de 1975 para leitura de linguagens de programação específicas. Assim os motivos da escolha de John Titor recaíram sobre ele devido ao parentesco com um dos responsáveis pela montagem daquela máquina. Sua passagem pelos anos 2000 foi por motivos sentimentais, coletar fotografias de família.

Nosso viajante nos trouxe previsões, que supostamente autenticariam sua história, algumas delas:

Os Estados Unidos seriam fragmentados em cinco devido a uma guerra civil que começaria em 2004, essa guerra interna terminaria com um conflito nuclear com a Rússia em 2015.

Seja como for, se não aconteceram pode ser que estejamos em um universo paralelo onde a realidade seja outra…

Alguns outros casos intrigantes ou divertidos podem ser descobertos na internet como, por exemplo o caso do smart phone que filmava em 1995 uma luta de Myke Tyson X McNeeley.

Que tal um viajante do tempo hipster? Esse caso também famoso entre os entusiastas do tema tem abordagem a partir de uma fotografia da reinauguração da ponte  South Forks, na Columbia Britânica, no Canadá, em 1941. A imagem de um homem jovem com roupas, óculos e corte de cabelo incomuns para a época chamam a atenção. Todavia nosso candidato a viajante temporal não parece chamar atenção das pessoas que estão ao redor dele.

Ainda nesse sentido temos uma jovem operária saindo de uma fábrica em Massachusetts, Estados Unidos falando ao que parece ser um telefone celular em 1938. A dúvida é: será que havia antenas para transmitir o sinal?

Viagem no tempo segundo a ciência

Teoricamente possível, tecnicamente improvável, muitas são as barreiras que sugerem ao se ater à ficção científica. Enquanto falarmos de possibilidades nós teremos como bússola a teoria da relatividade de Einstein. Viagens no tempo são admitidas teoricamente e envolvem deslocamentos próximos à velocidade da luz. Frequentemente o assunto desperta mais perguntas do que resposta. O físico britânico Stephen Hawking fez piada com a ausência de turistas do tempo a nos visitar como uma evidência de que ainda não inventaram a máquina do tempo. Imediatamente temos o paradoxo do avô, nesse sentido imaginemos um viajante ir ao passado, matar o avô antes que ele e sua mulher gerem seu pai.

Filmes como “De volta para o futuro”, “Exterminador do futuro” e “Questão de tempo” apontam as confusões decorrentes. Sem falar na trama complexa de “O predestinado” (Predestination– 2014), com Ethan Hawk cujos paradoxos são de dar um nó na cabeça de qualquer um. Seja como for, os paradoxos são tantos que talvez seja melhor deixar a ideia para nossos viajantes do futuro.

 

Por Mark Francis

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