A vida e os mistérios do faraó Tutancâmon

Tutancâmon o Faraó-menino

À primeira vista tudo a seu respeito é envolvido em mistério, a vida do faraó Tutancâmon, ou do Faraó menino. A vida e os mistérios do faraó Tutancâmon apontam que ele teve um curto reinado no Egito antigo. Segundo o historiador romano Flávio Josefo. O monarca foi o último faraó da 18ª  dinastia egípcia, todavia viveu apenas 19 anos, apesar disso exerceu o poder supremo por quase a metade. Nascido em 1.346 a.C. faleceu em 1.327 a.C.

A vida e o reino de Tutancâmon

Filho de Aquenáton em um casamento consanguíneo, possivelmente com uma irmã Tutancâmon tinha por denominação Tutancaten enquanto príncipe. O reinado do Faraó-menino iniciou em 1333 a.C., tinha de nove para dez anos. De antemão, ao ascender ao trono casou-se com Anquesenpaatem sua meia-irmã, o casal real teve duas filhas.

A consanguinidade, uma praxe das linhagens reais, provavelmente causou a morte de suas duas herdeiras ainda na infância. As múmias das duas princesas foram submetidas ao escrutínio de um tomógrafo em 2011. Uma das filhas de Tutancâmon nasceu prematura e morreu cedo. A outra filha teve gestação normal tinha males congênitos detectados em exames técnicos.

Dentre os males constatados temos escoliose, espinha bífida, bem como síndrome de Sprengel, trata-se de uma posição não usual da escápula.  Tutancâmon não teve um reinado de profunda relevância histórica no seu tempo, no entanto promoveu a mudança da capital do reino para Memphis. Outro fato relevante em seu reinado foi retorno ao politeísmo que seu pai havia substituído pelo culto ao deus Rá.

O arqueólogo inglês Howard Carter encontrou, em 1922 sua tumba no Vale dos Reis praticamente intacta. Assim, daí decorre grande parte da fama e interesse científico em reproduzir a sociedade egípcia antiga. Os tesouros encontrados são do tipo que povoa o imaginário popular quando se pensa em arqueologia. É possível, mal comparando, dizer que o achado da tumba de Tutancâmon é para os arqueólogos quase tão importante como a arca da aliança. Não pelo valor simbólico entre ambas, já que a arca é muito mais abrangente, mas pela possibilidade de reproduzir valores e costumes de uma era.

Na tumba havia além da múmia de Tutancâmon com uma máscara mortuária de rara beleza feita em ouro, uma grande quantidade de peças e artigos pessoais do rei. O caixão também é feito em ouro maciço, um verdadeiro tesouro. Nesse sentido temos que os achados dos tesouros de Tutancâmon compõe um acervo com mais de 5 mil artefatos entre objetos pessoais, joias, esculturas e  armas.

O trágico fim, início dos mistérios da vida de Tutancâmon

O fim da vida do monarca egípcio ocorreu de forma abrupta e inesperada. Embora possa ter sido acidental alguns egiptólogos sustentam a hipótese de assassinato, já que a múmia possui uma perfuração no crânio. Todavia estudos mais aprofundados apontam a causa mortis como sendo malária. A vida tão documentada de Tutancâmon tem também o diagnóstico da síndrome de Köhler-Freiberg. Essa doença causa inflamação nas articulações e ossos dos membros inferiores. As tomografias dão conta que a múmia de Tutancâmon apresenta sinais de necrose em um dos pés.

Em suma, o faraó-menino deixou um registro indelével na história do Egito e da humanidade. Os tesouros deslumbrantes encontrados em sua tumba despertam fascínio e admiração, além de despertar a curiosidade. Sobretudo como janelas para o passado, numa era distante quando era possível a uma criança determinar o destino da nação mais poderosa de sua época.

Os achados arqueológicos fornecem um apurado quadro sobre a arte, cultura e práticas religiosas do antigo Egito. Os artefatos refletem a riqueza e o poder do faraó juntamente com uma luz sobre a dinâmica da sociedade daquele reino. A vida e os mistérios do faraó Tutancâmon com os recursos tecnológicos atuais hão de instigar mais ainda a imaginação.

 

Por Mark Francis